terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Impressões de um filme que termina e continua na mente



Solidão - José Carlos Costa


“sim, eu já quis mudar o mundo”

Em um único filme duas camadas de lágrimas apertando um só peito, um só peito transbordando uma só cabeça, uma só cabeça cansada de despropósitos, sim, para onde vão os sonhos daqueles que partiram? Pra onde vão as formigas o dia todo? Pra onde vai todo pesar depois que o pensar muda? Ahh, sei lá, andava meio cansado de perguntas, de teorias e teoremas, eu estava em uma maldita torre ao meio-dia observando a grande desgraça plantada no ar e não sabia descer, estava analisando minha forma doentia de viver, querendo tudo sem saber o que se queria ao meu redor, era o que pensava  um psicopata qualquer de um filme que esqueci o maldito nome. E depois que termina fica aquela continuação na mente: eu já quis mudar o mundo, já quis acreditar um pouco mais nas pessoas, mas era difícil demais, dava um trabalho sem medidas, então sempre  voltava ao bar para celebrar  a lua e a noite, pois elas sim, acalmavam toda a monotonia de viver em contratempo constante, maldição, pensava eu sempre com meus botões, essa porra sempre foi assim, mas agora eu já sabia o segredo, não espere nada de si, bom mesmo é sempre se surpreender, então sem expectativas alguma eu escrevi essa merda toda...


"Essas palavras que escrevo me protegem da completa loucura." 
Charles Bukowski