sexta-feira, 16 de junho de 2017

Impressões de uma vida perdida






A vida é igual um moinho, a gente vive girando, vive apagando e esquecendo, lembrava eu da minha infância e da minha velhice, a vida era mais tranquila, agora que estou sentado sobre as bordas do mundo as coisas parecem absurdas e maravilhosamente lindas, então, eu pegava minha baladeira dos tempos remotos e atirava contra lua, eu não me importava em ser ou em consequências e a vida sempre pedia o troco, então, eu graciosamente mandei todas as regras tomarem cerveja em seus copos anais, lembrava do meu velho e do maior ditado: RESPEITO SEMPRE ACIMA DE TUDO!

As vezes basta um pedaço de vidro pra fazer um copo, as vezes basta uma lua pra fazer uma noite e em nenhuma vez a vida serve sem se viver!

sexta-feira, 16 de junho de 2017


sexta-feira, 6 de maio de 2016

Impressões de um sonho que não acaba





Então, a gente toda estava concentrada nisso, queria ter a vida na palma das mãos, queria ter um sonho, queria ter uma vida, a gente sonha, desaba, a gente quer ser feliz e vive na solidão, mas não esquecemos que alguém lá no mundo nos ama, e dormimos solitários em camas vazias, será que existe um outro lugar? Ou simplesmente estamos fadados a isso? Nascer, viver, amar e renascer, como assim? Se o mesmo pretérito da vida é a equação de um sonho?

O mesmo sol que dar vida, lhe dar calor e até a lua, oh, pobre lua que se perde nas noites eternas,
ela nos mostra a vida perdida, e depois acordamos, nada está sem fim, tudo se “...”
Então, dia após dia... dia após dia...
 

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Impressões de uma Noite



Chego a dar risadas desumanas ao lembrar de quantas noites já colecionei, quantas vidas vivi e quantos sorrisos me encantei, não percebemos, mas somos a soma de todas as nossas noites, sim, também sobrevivemos aos dias, ao sol e a loucura da humanidade na sua corrida inútil contra o tempo, buscando o nada, construindo a nossa destruição e acreditando em alguma espécie de evolução, acreditando que somos bons por destruir todo esse maldito e cansado planeta, por mim devolvia para os dinossauros.

Bom, como dizia, foi em uma noite de junho, a pelo menos 13 anos atrás, o vinho se derramava, os bêbados acreditavam ser doutores e bonitos, ou por vez eram deuses, eu tomava meu copo lentamente aproveitando aquele néctar perfeito de uma garrafa de 1,50 R$, alguns baforavam o velho derby, outros assustado achavam tudo aquilo insânia e despropósito e nesse ponto chego a pensar quem é pior.

Lá estava ela, grandiosa, Afrodite, Helena de Tróia, com seu sorriso de 1 milhão de nuances e formas, inundando todo meu olhar, fazendo-me sentir feliz apenas por observar, contentava me com isso, porque haveria de querer? Porque haveria de tomar aquilo, de perder aquele sonho de apenas contemplar, talvez fosse louca ou fosse imbecil, minha felicidade estava apenas em simplesmente ser feliz por estar naquele lugar:
- toma frente, fale com ela -algum amigo falara-
- estou tomando meu vinho e contemplando Helena, se chegar perto, perderei isso
- covarde

Passaram-se 5 minutos, ela partiu por dentro da noite, sumiu na lua, e eu guardei seu sorriso de um milhão de sonhos, e sinto-me feliz por isso...

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

sentado no trono: observando minha cabeça aberta (fisicamente falando)






Maldição, aqui estou eu novamente às 4:00 hs com meus milhares de botões, pensando em amor, em viver, em beber, pensando em pegar um avião para o japão, tentando compreender onde vamos parar, nós, seres tolos e sem conhecimento da felicidade, queremos amar, queremos sorvete e queremos bastante vodka, então, nós encontramos amor, sorvete e vodka, e depois? Queremos mais, queremos outro amor, queremos outro sorvete e queremos mais 3 litros de vodka, e depois sofremos porque não queríamos outro amor, porque faz uma falta infernal perder alguém, e o sorvete ficou muito doce ou descongelou e então ficamos de porre e amaldiçoamos a vodka, então ficamos loucos porque não sabemos afinal o que queremos...
Amor = qualquer encontro casual mais de 3 vezes seguidas
Sorvete = sabor morango
Vodka = orlof
ps: todos os 3 são meramente ilustrativos e desnecessários, a realidade é que o querer do ser, é uma imensidão a se cogitar...

 

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Impressões de uma criança




Eu lembro quando cheguei, era um cara, cara nada, uma porra de um guri, sem plano, sem tempo, com pressa e com todo tempo livre do mundo, e um dia vão ouvir de um cara, aquele cara que era apenas um Zé, que sonhava que seria algo, isso nunca se acontece de repente, é preciso sofrer, ir além, entender, quais os sistemas, qual a vida... Que vida?

Na trajetória do carnaval, se perde tudo aquilo que se encontra, com muita paz e fé na vida, a gente corta as diversas esquinas da vida, sim, é lembrar que esteve por ali, por aqui, que ralou pra caralho pra chegar até aqui, e é apenas mais uma batalha vencida, e com muito orgulho e amor no peito eu digo, vá e faça: AMOR EM TUDO!

Tudo que se faz com o amor colado no peito é um passo crucial para a total realidade de tudo, e eu paro, sento e faço minha prece pra agradecer: aqui vou eu, e pra frente sempre vou...



“O amor é uma espécie de preconceito. A gente ama o que precisa, ama o que faz sentir bem, ama o que é conveniente. Como pode dizer que ama uma pessoa quando há dez mil outras no mundo que você amaria mais se conhecesse? Mas a gente nunca conhece.” (Bukowski)

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Impressões de um quarto





“coleção de tampinhas, uma rede embalada entre as rótulas”

Domingo, era o dia de comemorar a vida outra vez, acordava com os olhos tortos, caminhava até a cadeira e alguma música fazia a vida renascer, renascia para outra morte, é a mesma sensação de que era preciso outro porre para que a vida continuasse a ter sentido, assim, eu me via dois anos atrás, entre cada gole pensava, lá se vai outra garrafa de pensamentos, outras quimeras repartidas, assim talvez desejasse me ver, caminha pra onde? Até a ponte do sul? Não percebe que está muito além dessa maldita chuva e esses raios que emplacam medos, mais medos para nossas vidas temerosas, goles por entre goles, tudo mais claro, todas as incertezas sumidas, é preciso saber o que se quer, agora sou o SUPER-homem de tudo, eu posso, eu quero, eu vou!

Ressaca, ressaca, agora tudo parece cinza, normal, mas a chuva ontem não era a louvação do nascimento de um novo homem? Novo homem? Do que vale um novo nascimento se a maioria está enterrada na mesma cova logo detrás de seus cotidianos de merda e mesmice, ressaca; não, é apenas uma vida sem loucuras, Deus, como podem conseguir sobreviver a esta merda por tanto tempo dessa forma?

Goles menos, goles a mais, aqui vamos nós...

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Impressões de um filme que termina e continua na mente



Solidão - José Carlos Costa


“sim, eu já quis mudar o mundo”

Em um único filme duas camadas de lágrimas apertando um só peito, um só peito transbordando uma só cabeça, uma só cabeça cansada de despropósitos, sim, para onde vão os sonhos daqueles que partiram? Pra onde vão as formigas o dia todo? Pra onde vai todo pesar depois que o pensar muda? Ahh, sei lá, andava meio cansado de perguntas, de teorias e teoremas, eu estava em uma maldita torre ao meio-dia observando a grande desgraça plantada no ar e não sabia descer, estava analisando minha forma doentia de viver, querendo tudo sem saber o que se queria ao meu redor, era o que pensava  um psicopata qualquer de um filme que esqueci o maldito nome. E depois que termina fica aquela continuação na mente: eu já quis mudar o mundo, já quis acreditar um pouco mais nas pessoas, mas era difícil demais, dava um trabalho sem medidas, então sempre  voltava ao bar para celebrar  a lua e a noite, pois elas sim, acalmavam toda a monotonia de viver em contratempo constante, maldição, pensava eu sempre com meus botões, essa porra sempre foi assim, mas agora eu já sabia o segredo, não espere nada de si, bom mesmo é sempre se surpreender, então sem expectativas alguma eu escrevi essa merda toda...


"Essas palavras que escrevo me protegem da completa loucura." 
Charles Bukowski