sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Impressões de uma Noite



Chego a dar risadas desumanas ao lembrar de quantas noites já colecionei, quantas vidas vivi e quantos sorrisos me encantei, não percebemos, mas somos a soma de todas as nossas noites, sim, também sobrevivemos aos dias, ao sol e a loucura da humanidade na sua corrida inútil contra o tempo, buscando o nada, construindo a nossa destruição e acreditando em alguma espécie de evolução, acreditando que somos bons por destruir todo esse maldito e cansado planeta, por mim devolvia para os dinossauros.

Bom, como dizia, foi em uma noite de junho, a pelo menos 13 anos atrás, o vinho se derramava, os bêbados acreditavam ser doutores e bonitos, ou por vez eram deuses, eu tomava meu copo lentamente aproveitando aquele néctar perfeito de uma garrafa de 1,50 R$, alguns baforavam o velho derby, outros assustado achavam tudo aquilo insânia e despropósito e nesse ponto chego a pensar quem é pior.

Lá estava ela, grandiosa, Afrodite, Helena de Tróia, com seu sorriso de 1 milhão de nuances e formas, inundando todo meu olhar, fazendo-me sentir feliz apenas por observar, contentava me com isso, porque haveria de querer? Porque haveria de tomar aquilo, de perder aquele sonho de apenas contemplar, talvez fosse louca ou fosse imbecil, minha felicidade estava apenas em simplesmente ser feliz por estar naquele lugar:
- toma frente, fale com ela -algum amigo falara-
- estou tomando meu vinho e contemplando Helena, se chegar perto, perderei isso
- covarde

Passaram-se 5 minutos, ela partiu por dentro da noite, sumiu na lua, e eu guardei seu sorriso de um milhão de sonhos, e sinto-me feliz por isso...

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

sentado no trono: observando minha cabeça aberta (fisicamente falando)






Maldição, aqui estou eu novamente às 4:00 hs com meus milhares de botões, pensando em amor, em viver, em beber, pensando em pegar um avião para o japão, tentando compreender onde vamos parar, nós, seres tolos e sem conhecimento da felicidade, queremos amar, queremos sorvete e queremos bastante vodka, então, nós encontramos amor, sorvete e vodka, e depois? Queremos mais, queremos outro amor, queremos outro sorvete e queremos mais 3 litros de vodka, e depois sofremos porque não queríamos outro amor, porque faz uma falta infernal perder alguém, e o sorvete ficou muito doce ou descongelou e então ficamos de porre e amaldiçoamos a vodka, então ficamos loucos porque não sabemos afinal o que queremos...
Amor = qualquer encontro casual mais de 3 vezes seguidas
Sorvete = sabor morango
Vodka = orlof
ps: todos os 3 são meramente ilustrativos e desnecessários, a realidade é que o querer do ser, é uma imensidão a se cogitar...

 

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Impressões de uma criança




Eu lembro quando cheguei, era um cara, cara nada, uma porra de um guri, sem plano, sem tempo, com pressa e com todo tempo livre do mundo, e um dia vão ouvir de um cara, aquele cara que era apenas um Zé, que sonhava que seria algo, isso nunca se acontece de repente, é preciso sofrer, ir além, entender, quais os sistemas, qual a vida... Que vida?

Na trajetória do carnaval, se perde tudo aquilo que se encontra, com muita paz e fé na vida, a gente corta as diversas esquinas da vida, sim, é lembrar que esteve por ali, por aqui, que ralou pra caralho pra chegar até aqui, e é apenas mais uma batalha vencida, e com muito orgulho e amor no peito eu digo, vá e faça: AMOR EM TUDO!

Tudo que se faz com o amor colado no peito é um passo crucial para a total realidade de tudo, e eu paro, sento e faço minha prece pra agradecer: aqui vou eu, e pra frente sempre vou...



“O amor é uma espécie de preconceito. A gente ama o que precisa, ama o que faz sentir bem, ama o que é conveniente. Como pode dizer que ama uma pessoa quando há dez mil outras no mundo que você amaria mais se conhecesse? Mas a gente nunca conhece.” (Bukowski)