sábado, 30 de novembro de 2013

Impressões de mulher


Impressões de um texto lindo, eu deixo que ele fale por si... :D
 
"Fiz-me tela pra que você pintasse o retrato de outro alguém. Não deu certo, me rasguei.
Mas o que há em mim não há mais por aí.
Existe em mim a vontade de permanecer. Existe a vontade de te eternizar em versos.
Eu seria igual a qualquer outra se não fosse pelo gosto de gostar de você.
Ando me rasgando todos os dias a espera do momento em que irá traçar o rosto certo, retratar a feição que agoniza por sua desatenção. A espera do dia em que vai perceber que só te falta apropriar-se do que já é seu.
Desejo o teu olhar nos meus olhos. Quero iluminar a escuridão que paira aflita sobre eles. Enfeitar seu dia com meu sorriso contente e aliviar toda a dor que você sente.
Sua imperfeição é perfeita pra mim. Minha admiração é cativa do seu corpo. Eu quero poder nunca deixar de olhar seu rosto e contemplar sua estranheza que parece tão bela sob minha vista.
Sozinha sorrir boba ao relembrar por infinitas vezes o instante que esboçou apreço por estar comigo.
E tudo isso se mistura ao sentimento de ódio que tenho por você que enfeitiçou meus pensamentos, enredou-me nesse encanto e trancou-me nesse círculo vicioso de esperar, esperançar e desiludir.
Simultaneamente padeço a traição do meu coração suicida que martiriza minha razão se agarrando a expectativas irreais.
Experimento o dissabor que é seu silêncio e amargo essa terrível sensação que traz o sofrimento de entender que não és pra mim, mesmo sabendo que eu só posso ser para você.
E isso me confunde da cabeça aos pés. Enlouquece-me.
Lamento sua indiferença. Lamento minha irracionalidade.
Então eu vou.
Caminho para longe do seu hipnotismo, chorando a dor de perder o que nunca tive."

Mariana Santos

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Impressões de uma Lasanha






“Sabe aquela coisa gosmenta ali dentro? É legal!”

Impressionante que a gente nunca sabe né? Não sabe porque o mundo nasceu, não sabe quando nosso  dente pode cair, não sabe nem quando vai ter o próximo eclipse, a gente sabe que precisa viver intensamente, porque se não viver a gente para na esquina, baixa a cabeça e olha pra trás e percebe: que merda de vida estou vivendo? A gente sabe que só o trabalho nos fode, sabe que só o estudo nos ferra,  a gente até sabe que se continuarmos a viver vamos sofrer, mas e aí, vamos parar de viver? Não! Vamos viver intensamente, vamos pegar cada bocado da vida e partilhar, e ela, minha amiga da lasanha me mostrou isso, sim ela esteve do meu lado quando fui louco, demente, retardado, engraçado, sinto que sempre fui assim e ela continua por aqui e isso é muito legal, ela? Uma idiota completa, retardada em nível de doutoramento, mas sabe,  não queria nem Joana  D'arc no lugar dela, sim, existe isso, amigo, amiga, bom, a gente sabe que é preciso cagar, procriar,  trabalhar e comer,  comer o que? Bom, a comida nem sempre é boa, mas, precisamos comer, como dizia uma amiga já angustiada com tudo e por tudo, tou cansada Thiago, cansada de fazer o que me mandam, cansada de ser trancada, cansada de tudo, calma, nunca canse de nada, a vida é como uma lasanha, dá  trabalho pra caralho, mas, no fundo é gostosa.

Ah meu Deus!
Eu sei, eu sei
Que a vida devia ser
Bem melhor e será
Mas isso não impede
Que eu repita
É bonita, é bonita
E é bonita

A uma amiga que sendo especial merece meu desarrumo com as palavras,,,

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Impressões de um dia que não terminou




 “aquela coisa que eu tanto procurei, é o verdadeiro sentido da vida” (Raul Seixas)

Sabem aqueles dias em que as horas dizem tudo? E tu acorda querendo dormir,  dorme querendo ficar acordado, procura algo no teto, na rótula  da janela, procura em algum filme alguma sensação para te aquecer, procura porque é preciso procurar, e tu escuta os bips de máquinas, e sai procurando sensações perdidas de um sonho, procura em frase de  músicas e encontra, sim, encontra um certo ar de “fly away from here” ou aquele  “i dreamed a dream”, calma, quis dizer que são sensações de voar  longe daqui e sonhou em um sonho, pois é, a tempos tenho esses dias, impressões constantes que meu dia termina errado, começa errado, caminha em fio de navalha, com a graça de ver o mundo sempre  estranho ou novamente anestesiado eu continuo sorrindo,  mas,  falta seu bom dia, seu boa noite, seu beijo, seu sorriso, sua  visão, sua  alusão, seu abraço, mas tudo está espelhado em todo o seu amor que nunca faltou, e assim, com impressões de um dia que nunca parece terminar, o aquecimento global é um problema, as pessoas estão cada vez mais piores, mas, assim, como esse amor dentro do peito, tenho a impressão que ele nunca vai terminar.

 Florinda resolveu pisar em terras dementes hoje, um texto que  literalmente foi parido do meu inconsciente, :)

sábado, 16 de novembro de 2013

Um manifesto contra sua mãe

O rosto da minha  mãe não aparece, mas  é a foto mais atual em que estamos todos juntos, pai está lá atrás olhando por nós


"completamente blue"

Mãe, lembra daquelas merdas? Sim aquelas merdas que eu fiz quando era criança, agora não, agora eu cresci e depois que a gente cresce dá uma saudade daquele cuidado, aquele carinho, aquele mimo, aquela palavra: filho da puta tu cagou na sala! Bom, eu quero mesmo me manifestar contra minha mãe, quero sim, quero dizer que não importa como eu seja, o que eu seja, como eu sou, mesmo que ela nunca leia nenhum verso meu, não importa isso, e minha baby blue sabe o que significa uma pessoa que amo nunca ler nada meu, enfim, voltemos a nós, mãe,  eu me manifesto contra a senhora, vou cobrar por todos os carinhos dado, por todos os ensinamentos, por toda a merda limpada, enfim mãe, meu manifesto é pra colocar lá no alto: AMO MINHA VELHA JUDITH!

ps: eu sei, ninguém vai saber quem é Judith, amo minha velha Fátima Amurim Sarmento

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

O outro lado da rua





“Por que não olhar para dentro de si?”

Já reparou que as pessoas adoram olhar o outro lado de tudo? O outro lado da vida, o outro lado da rua é a mais cobiçada, a mágica se dar por simples falta do que fazer e por imensa aculturação em um país ridiculamente pisoteado por uma política ridiculamente corrupta, enfim, voltemos aos porcos, é tamanha a argumentação e a prosa é de tão alto nível que se é criado contos, romances, tragédias, comédias e investigação policial, sim, sim, estou falando dos benditos fofoqueiros, eles que carregam em si o azedume de suportarem a si mesmos e a terrível desgraça de não viver, afinal, porque se falar tanto dos outros? Porque não existe o que falar de si ou falar de seu próprio passado, ou contar histórias cômicas, NÃO! Além de mal-amados e cadáveres vivos, ainda propagam a infelicidade, incentivam a violência, destroem vidas e provocam confusão, claro que  são  muito eficazes em seres fracos e similares, um brinde a nossa  querida e infame cultura da “falação demasiada e medíocre sobre o outro lado  da rua”.